Sempre ouvi dizer que o primeiro filho é o mais difícil. Enquanto mães, não sabem o que as espera. Como vão reagir a tamanha responsabilidade. Como vão cuidar de um ser que depende tanto delas. Estão prestes a entrar num mundo novo. E a novidade é sempre assustadora.
Além de assustadora, tem tudo para ser promissora. E demorei algum tempo até entender esta dualidade. Não estou a falar de um filho, mas sim do meu primeiro site pessoal. Desde que decidi criar o meu espaço digital, passei por uma viagem, com algumas retas e curvas, e muitas inversões de marcha.
Olá, dúvidas existenciais
No início, estava super entusiasmada. Durante cerca de um mês, estava decidida a lançar o meu site. A fazer algo que já estava há demasiado tempo na gaveta. Estava cheia de pica. Vi tutoriais, criei o meu próprio site com base em WordPress e Elementor. Sentia-me nas nuvens, porque o meu plano finalmente ganhava vida. Depois desta onda de motivação, as perguntas começaram a aparecer. A procura infinita pela suposta perfeição. As tão conhecidas dúvidas existenciais. E a motivação passou a inquietação, hesitação e, simultaneamente, procrastinação. É verdade, por muito que me custe admitir. É muito fácil encontrar aparentes razões que nos conduzem à auto-sabotagem. Ao deixar para amanhã, “porque não temos tempo”, ou “porque não está perfeito.” Já passou um ano desde que tomei esta decisão e voltei a enfrentar o meu bloqueio mental. A minha procrastinação. A minha organização. As minhas desculpas.
A errar é que se aprende
O que importa é mesmo começar. Sim, vai sempre haver alguma coisa a melhorar. Mas é só a fazer que aprendemos. A dar cambalhotas, a fazer o pino e a tentar fazer a espargata. É no erro que reside a nossa maior oportunidade de aprendizagem. E a maior probabilidade de conhecimento.
A partir de hoje, vou continuar a dizer “não” aos meus medos. A arriscar. A tentar. A falhar. A fazer. E a crescer. Porque “mais vale feito que perfeito.”
Já li aguns dos teus artigos, estou adorar!
Boa sorte e um grande Beijo.
Muito obrigada pelo feedback, Gaspar! 🙂
Sou mãe de dois filhos e de muitos projetos próprios. Revi-me imenso neste teu texto, Daniela. Emocionei-me. Arrepiei-me. A verdade é que o medo nunca acaba. A outra verdade é que criar algo nosso é um prazer que não tem fim. Vai estar sempre algo fora do sítio e está tudo bem.
“Quando tens medo, questionas-te. Se não tens nada a temer, não te questionas tanto. Se tiveres medo, nunca vais facilitar.” Marco Pierre White in “O Diabo na Cozinha”
Muito obrigada pela partilha e pelo feedback, Mónica!
Criar algo nosso é mesmo “um prazer que não tem.” Há sempre algo que podemos melhorar, algo que queremos fazer… Mas é assim mesmo que vamos evoluindo. Um dos primeiros passos está dado. Agora, o importante é continuar! ☺️